Fala, Dreamer! Sabia que assim como nós temos o Dia da Consciência Negra aqui no Brasil, os EUA comemoram a independência dos escravizados?
Nesse texto, a gente te conta um pouco da história desse movimento pra que você possa entender o surgimento dessa celebração!
- Conheça o Juneteenth
1.1. A história por trás
1.2. A data
1.3. É um feriado? - O legado do Juneteenth
Conheça o Juneteenth
O Juneteenth é uma das celebrações mais antigas dos Estados Unidos e marca o fim de mais de dois séculos de escravidão no país.
O termo vem de uma brincadeira com as palavras “june” (junho, em inglês) e “nineteen” (dezenove).
A história por trás
Em 1º de janeiro de 1863, o então presidente Abraham Lincoln havia ordenado o fim da escravidão ao assinar a Proclamação de Emancipação.
Porém, durante a Guerra Civil dos EUA (1861-1865), os estados confederados do sul mantiveram o regime de escravidão.
Essa comemoração parte de um dia 19 de junho, em que os afro-americanos da região de Galveston, no Texas, receberam a notícia de que seriam livres.
A data é considerada uma celebração à cultura afro-americana e é comemorada em diversas partes do país desde 1865.
Segundo um artigo do The New York Times, o general da União Gordon Granger chegou a Galveston e informou aos afro-americanos que a Guerra Civil tinha acabado e eles finalmente estavam livres.
Esse anúncio colocou em vigor a Proclamação da Emancipação, emitida quase dois anos e meio antes por Abraham Lincoln.
O período de pós-emancipação dos Estados Unidos, conhecido como Reconstrução, foi uma era de grande luta, esperança e incerteza para a nação como um todo.
Os ex-escravizados buscaram reunir suas famílias, se envolver na política para lutar pelos seus direitos. Alguns chegaram a processar seus antigos proprietários por compensação.
Após mais de 200 anos de escravidão, esse movimento não passou despercebido, e foi surpreendente.
A data
O Juneteenth marca um segundo dia da independência no calendário dos americanos.
As primeiras celebrações envolviam orações e reuniões familiares. Peregrinações anuais também eram feitas até Galveston por ex-escravos e suas famílias.
Em 1872, um grupo de ministros e empresários afro-americanos em Houston comprou 10 acres de terra e criou o Emancipation Park. Lá se realiza a celebração anual da cidade.
Nos dias de hoje, algumas comemorações acontecem entre famílias em quintais, com grandes refeições para homenagear os ancestrais.
Cidades como Atlanta e Washington fazem eventos. Há desfiles e festivais com o apoio de moradores, empresas locais e até mesmo artistas.
Em 2023, Galveston celebrará o feriado com um banquete, um baile para doar bolsas escolares e um festival.
Os organizadores de Atlanta realizarão um desfile e um festival de música no Centennial Olympic Park.
É um feriado?
Em 1980, o Texas se tornou o primeiro estado a designar o 19 de junho como feriado.
Ao longo os anos, todos os cinquenta estados e o Distrito de Columbia reconhecem o dia de alguma forma, mas não necessariamente como um feriado.
No dia 17 de junho de 2021, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden assinou a lei que transformava o Juneteenth em feriado nacional.
Apresentada pelo Congresso americano, foi aprovada por unanimidade pelos senadores democratas e republicanos.
O legado do Juneteenth
A luta pelo reconhecimento desse dia ganhou força em 2020, com o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em português).
O movimento foi originado devido ao caso de George Floyd e também com a eleição de Joe Biden como presidente.
Uma série de casos de violência policial foi registrada no mesmo ano em diversos países, inclusive no Brasil.
O episódio com Floyd foi filmado e viralizou na internet e no mundo, gerando uma onda de protestos globais contra o racismo e a violência policial.
Várias empresas como a Nike, o Twitter e a Apple anunciaram que o Juneteenth será um feriado remunerado para seus funcionários.
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